sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Papagaio verdadeiro
Papagaio verdadeiro
O papagaio-verdadeiro, também conhecido pelos nomes de acamatanga, papagaio-baiano, acumatanga, ageru, ajuruetê, ajurujurá, camatanga, curau, papagaio-comum, papagaio-curau, papagaio-de-fronte-azul, papagaio-grego e trombeteiro (Amazona aestiva), é uma ave da família Psittacidae.
Habitat & Distribuição Geográfica
É encontrado em mata úmida ou seca, em beira de rios e cerradões na Bolívia, Paraguai e Norte da Argentina. No Brasil, ocorre do Nordeste (Piauí, Pernambuco, Bahia), pelo Brasil central (Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso), ao Rio Grande do Sul; ausente nas áreas litorâneas ao contrário de Amazona amazonica.
Caracterização
O papagaio-verdadeiro possui aproximadamente entre 35 e 40 cm de comprimento e pesa cerca de 400 g. Apresenta cabeça amarela, fronte e loro azuis, espelho alar, encontro das asas e base da cauda vermelhos. A cor da íris dos adultos é amarelo-laranja (macho) ou vermelho-laranja (fêmea, destacando-se um fino anel esterno vermelho), os imaturos têm íris marrom uniforme. O bico é negro no macho adulto. É uma das espécies mais belas e inteligentes de aves do planeta e sua expectativa de vida é de 80 anos. Os papagaios-verdadeiros também costumam repetir o que ouvem de seus donos.
Comércio, declínio da espécie
Os papagaios são capturados clandestinamente e transportados para serem vendidos ilegalmente. A única maneira legal de possuir essa e outras aves da fauna brasileira é possuindo uma ave com anilha, documento, e ter a permissão do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Além da captura, se perdem ovos e muitos filhotes morrem no ato da retirada das aves dos ninhos, pois freqüentemente derruba-se a árvore, eliminando assim também os locais favoráveis para reprodução, como exemplo, as palmeiras velhas, que são os melhores locais para essas aves procriarem.
Alimentação
Sua alimentação na natureza é a base de castanhas, frutas silvestres e sementes (principalmente leguminosas). Em cativeiro são oferecidos, além da ração comercial, frutos, sementes e vegetais, uma simulação de alimentação balanceada com todos os nutrientes necessários para uma vida saudável em cativeiro, Quando filhotes, em cativeiro, precisam de cuidado redobrado, pois é necessário o monitoramento da alimentação que deve ser dada diretamente na boca, até que ele tenha a capacidade de se alimentar sozinho.
Na natureza procuram seu alimento tanto nas copas das árvores mais altas, como em certos arbustos frutíferos. Subindo na ramaria utilizam o bico como um terceiro pé; usam as patas para segurar a comida, levando à boca. Gostam mais das sementes do que da polpa da frutas. São atraídos por árvores frutíferas como mangueiras, jabuticabeira, goiabeiras, laranjeiras e mamoeiros.
Reprodução
Nidificam nos troncos ocos de palmeiras e outras árvores; aproveitam-se de fendas pela decomposição, em rochas erodidas ou até em barrancos. Afofam o fundo de suas cavidades com madeira triturada, o que facilita a secagem do fundo banhado pelas fezes líquidas. A postura é de 4 ovos. Os filhotes abandonam o ninho após dois meses. Essa espécie começa a reproduzir tarde, com 3 a 4 anos de vida. Nidificam de setembro em diante. Para criação em cativeiro, utilize troncos de árvores ocos o botem-os na vertical para que os filhotes estejam bem protegidos, após os ovos terem descascados, depois de dois meses suas crias já terão a capacidade de voar e sair do ninho.
Raças Geográficas
Existem duas raças geográficas: A. aestiva, com encontro da asa vermelho (Brasil oriental) e A. aestiva xanthopteryx, com encontro, coberteiras pequenas superiores e a cabeça amarelas, a última lembrando A. ochrocephala, mas a testa é azul (Bolívia, Argentina, Brasil ocidental); no Pantanal, Mato Grosso, há uma região de transição (encontro misto vermelho e amarelo).
Manifestações Sonoras
Vocalizações: "krik-kiakrik-krik-krik", "kréo" (bem típico), "rák-áu" (voando); canto melodioso, p. ex. "drüo druo-druo-druo drüo drrüi dü"; pedinchar do filhote "ga,ga,ga,ga", lembrando a pega, Pica pica (Corvidae), do hemisfério setentrional.
Estado de conservação
Pouco preocupante
Classificação científica
Reino:
Animalia
Filo:
Chordata
Classe:
Aves
Ordem:
Psitaciformes
Família:
Psittacidae
Género:
Amazona
Espécie:
A. aestiva
Nome binomial
Amazona aestiva
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